segunda-feira, 7 de março de 2011

Sonho meu.



Ele a fitava, como se nada nunca tivesse acontecido, como se todos os erros pudessem ser apagados com um lindo olhar doce. E na verdade, podiam sim. Ela o correspondeu, com um olhar meio despreocupado por fora, mas por dentro pulsando, como se alguma espécie de droga estivesse acelerando seu coração. Logo após ele se aproximou, como um amigo, um amigo qualquer, até que tocasse sua mão. Não era um aperto de mão comum, de amigos, era algo mais carinhoso, muito mais carinhoso e seguido de um beijinho. Parecia até um filme romântico, o mais lindo filme. Até então, nenhuma palavra havia sido pronunciada, até que:

- Quanto tempo hein?! - Ele disse.
- É... - Ainda deslumbrada com o momento ela disse baixinho.

Os dois continuaram se olhando, não havia nada pra se dizer. Ele continuava segurando sua mão, e não demorou muito para que ele a puxasse para um abraço, um abraço extremamente carinhoso como ele nunca havia abraçado ela antes. Logo ele sussurrou ao seu ouvido:

-Aqui está muito cheio, vamos sair daqui? - Disse ele.

Logo após a soltou do abraço e apenas segurava sua mão e a olhava, com um olhar convidativo, impossível de ignorar. - Ela apenas assentiu.

Os dois se dirigiram de mãos dadas a alguns 'sofázinhos' que haviam um pouco distante do resto das pessoas, ela nem acreditava que aquele, aquele cara com quem ela sempre lutou por uma segunda chance estava ali, de vontade própria entrelaçando seus dedos nos dela, na frente de todos.
Ele se sentou, e logo em seguida ela também, ao lado dele. De início, ficaram conversando sobre coisas bobas. Logo ele começou a falar sobre o passado, e então, como sempre foi apontar os erros dela. Ela o olhou, como se estivesse pedindo para calar a boca, mas não com raiva, era um olhar do tipo "não diga nada, não estrague esse momento, por favor". Então enquanto ele falava, ela encostou sua cabeça no ombro dele, aconchegou-se e ficou calada. Ele entendeu que também deveria ficar. E assim eles ficaram por um bom tempo, em silêncio. Não havia nada a ser dito, e sim sentido. Ele logo a olhou e sem que ela pudesse negar ele a beijou, ela ficou sem reação, apenas correspondeu. Aquela droga que fazia seu coração pulsar como um louco voltou a a atacar, transformando aquele momento em um momento mágico. Que droga é essa? essa droga é o amor.

Depois disso ela acordou, com um sorriso no rosto, depois percebendo que foi apenas um sonho, e logo veio um aperto no peito, uma dor, uma angústia por saber que aquilo foi apenas um sonho, e que sonhos assim dificilmente se tornam reais.



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